PSICÓLOGA JULIANA ZANINI
CRP 07/19667

A psicoterapia pode ajudar o sujeito a viver relacionamentos mais saudáveis, a conquistar a carreira profissional que deseja, o ajuda a superar obstáculos que atrapalhem seu desenvolvimento, sua aprendizagem. Ajuda também o sujeito a ter uma melhor relação com seu corpo, sua imagem, sua história de vida, suas vivências, suas falhas, seus pontos forte e fracos, melhorando sua autoestima e autoconfiança, o ajuda a reconhecer e lidar com suas emoções. O ajuda a precocemente elaborar situações e emoções, bem como modificar comportamentos e modos de agir diante de certas situações que mais tarde possam afetar significativamente sua saúde mental. A psicoterapia não é apenas para quem está em um momento de sofrimento profundo ou passando por algum transtorno mental, mas também é para aqueles que não querem chegar a tal ponto, que querem cuidar da sua saúde mental antes mesmo dela está “em alerta vermelho”.

A psicoterapia utiliza da fala como técnica de trabalho, é através da fala do sujeito e das perguntas e apontamentos que o psicólogo irá fazer quando necessário durante a fala do mesmo que os conteúdos inconscientes vão se revelando para assim serem elaborados e ressignificados Gosto de dizer aos meus pacientes que em psicoterapia é como se o sujeito estivesse montando um quebra-cabeça que eles ainda não sabem qual figura irá formar, mas que a cada peça encontrada vão descobrindo aos poucos a figura que está se formando, digo isso porque muitas vezes aquilo que está sendo verbalizado não parece ter muito sentido naquele momento para o paciente, porém ao longo do processo terapêutico esse sentido vai se revelando. Dessa forma ao “revelar” o que estava “escondido”em seu inconsciente o sujeito vai poder encontrar novas formas de lidar com aquilo, vai poder criar novas estratégias, para que esses não mais interfiram ou atrapalhem em suas escolhas, no seu trabalho, nas suas relações interpessoais, na sua rotina diária, na sua saúde psíquica. Muitos pacientes, às vezes, se preocupam em ter em mente um pequeno roteiro por temer não saber o que falar quando estiverem em frente ao psicólogo, como sigo a abordagem psicanalítica trabalho com a “associação livre” o que na prática significa que o paciente deve falar tudo aquilo que for vindo em sua mente sem julgamentos, ou necessidade de seguir uma ordem ou sentido. As sessões mais significativas, muitas vezes, são aquelas que o paciente chega na minha frente e diz: “hoje eu acho que não tenho nada para falar”, geralmente após essa frase muita coisa significativa para ele surge. As sessões de psicoterapia costumam ter a duração de aproximadamente 50 minutos e geralmente ocorrem de forma semanal. Porém a terapia não termina quando a sessão acaba. O intervalo entre uma sessão e outra é um espaço de tempo muito importante, pois nele tudo que foi verbalizado durante a sessão vai ser melhor compreendido, vai ser melhor elaborado e muitas reflexões serão construídas para que na sessão seguinte possam ter continuidade. Porém muitas vezes nesse intervalo nada ocorre e tudo bem, pois nosso psiquismo tem funcionamentos diferentes e muitas vezes é necessário um tempo maior para que “ as peças desse quebra-cabeça” comecem a se encaixar. Mas e com crianças funciona da mesma forma? A psicoterapia com crianças utiliza o lúdico como seu recurso central. Será através do brincar, dos jogos, desenhos e fantasias criadas que a criança irá “contar, encenar” seus conflitos e dificuldades dentro da cena terapêutica e também será através dessas brincadeiras que o psicólogo irá realizar suas intervenções junto ao pequeno paciente. Os recursos lúdicos servem como ferramentas para ajudar a criança a superar e elaborar suas questões psíquicas. Com os adolescentes também muitas vezes são utilizados recursos lúdicos, principalmente jogos, filmes e histórias do interesse deles, assim como desenhos e a escrita como recurso dentro do processo terapêutico, ajudando-os quando se torna difícil somente através da fala expressar suas questões e dificuldades.